Como adquirir, manter e criar animais silvestres



Como já dito anteriormente, o interesse por animais silvestres como animais de companhia vem crescendo exponencialmente com o passar dos anos, e aqui você poderá esclarecer algumas dúvidas com relação a esse fascinante mundo.

Mas qual a diferença entre animais selvagens, silvestres, exóticos e domésticos?

Animais selvagens são aqueles de vida livre, da nossa fauna ou de outros países, que ao longo dos anos não sofreram processo de domesticação, seja para companhia ou trabalho, e podem ser encontrados nas florestas, rios e natureza em geral. Já os animais domésticos são aqueles que, ao longo dos anos tiveram seu comportamento alterado pelo convívio com o homem, processos tradicionais de manejo e melhoramento zootécnico, possuindo características biológicas e comportamentais em estreita dependência do homem.

Animais silvestres são aquelas espécies nativas da nossa fauna, aquáticas ou terrestres, migratórias ou não, que tenham a sua vida ou parte dela em território brasileiro ou suas águas jurisdicionais. Já os animais exóticos são aqueles que sua distribuição geográfica natural não inclui o território brasileiro, como por exemplo, leão, tigre, zebra, tartaruga-de-orelha-vermelha, dentre outros.

Manter um animal silvestre em casa é crime?

Depende da origem do animal. Se for um animal de origem legal, ou seja, adquirido de criadouro ou comerciante devidamente registrado no órgão ambiental competente, não é crime. Considera-se crime se a origem do bicho não estiver documentada através de nota fiscal emitida pelo criadouro que tem licença do IBAMA para reproduzir as espécies em cativeiro. Na nota fiscal deve constar o nome científico e popular, o tipo e o número de identificação individual do espécime, que poderá ser uma anilha e/ou microchip.

É bom lembrar que todo animal, seja silvestre ou doméstico, pode ser portador de doenças transmissíveis ao homem, e também apresenta sua defesa quando provocado ou ameaçado, seja mordendo, bicando ou arranhando. Antes de adquirir um animal de companhia não convencional, deve-se pensar no espaço e tempo disponível para tratá-los, na sua real disposição e gosto pela criatura, e aí então faça um planejamento e estude a biologia básica da espécie que pretende criar.