Considerações sobre dietas para roedores e lagomorfos



A presença de roedores e lagomorfos (coelhos) é crescente nos lares e nas clínicas, já que são mantidos facilmente em apartamentos ou casas com espaço reduzido. Além de coelhos, as espécies mais comuns são hamsters, gerbil (esquilo-da-Mongólia), chinchilas, porquinho-da-Índia, ratos e camundongos.

Vale ressaltar a importância do cuidado com a alimentação específica para cada espécie, visto que estes animais apresentam sistema digestivo diferentes, com maior ou menor câmaras fermentativas (ceco e cólon), além de necessidades nutricionais diferentes em cada fase da vida.

No mercado existe uma série de alimentos destinados a roedores e lagomorfos, na forma de mix de sementes e grãos, ração peletizada, ração extrusada, suplementos e afins. Diante dessa variedade, os proprietários acabam optando pela facilidade e pelo aspecto visual, não se importando com o mais importante, o valor nutricional e veracidade das informações que constam na embalagem.

Normalmente as dietas são utilizadas de forma empírica, da mesma forma para todas as espécies, misturas desbalanceadas com sementes secas, ou ainda somente semente como único alimento, sendo semente de girassol a mais comum.

Alimentos ditos como completos podem não satisfazer todas as necessidades nutricionais dos animais, seja pelas quantidades inadequadas dos nutrientes contidas nas dietas, ou então podendo ocorrer perdas parciais durante a estocagem.

Para criação doméstica, é importante conhecer os hábitos alimentares e necessidades nutricionais de cada espécie; coelhos, chinchilas e porquinho-da-Índia são herbívoros, hamster e gerbil granívoros, ratos e camundongos são onívoros.

O ideal é melhorar a qualidade de vida dos animais em cativeiro, oferecendo itens alimentares diversificados, de acordo com as instruções de um Médico Veterinário, e ainda pode-se oferecer uma certa dificuldade para encontrar esse alimento, tais como: alimento escondido em certo local acessível, enterrado na palha, guardado na caixa, e de outras várias formas possíveis!

 

Pablo de Oliveira

Médico Veterinário

Diretor e consultor da Bicho Vivo Consultoria