Cuidados importantes durante o inverno para pets silvestres e exóticos



O frio chegou intenso em algumas regiões do nosso Brasil, e baixas temperaturas podem causar problemas de saúde em aves, répteis e pequenos mamíferos como coelhos e roedores. Bichos também sentem frio, e com ações muito simples podemos evitar doenças comuns nessa época do ano.

 

Nos dias mais frios, é fundamental cobrir a gaiola do seu bichinho com alguma capa ou coberta que seja suficiente para proteger e evitar a entrada do ar frio, deixando espaço apenas para trocar de ar. Providenciar tocas, casinhas e esconderijos também pode ser interessante.

 

As gaiolas ou recintos não devem permanecer em locais com correntes de ar, ou com temperaturas muito baixas, pois o frio e o vento podem prejudicar a saúde dos animais predispondo doenças do sistema respiratório como bronquite, pneumonia, asma, sinusite e alergias.

 

O tempo seco e a baixa umidade relativa do ar são fatores que contribuem, devido à alta concentração de poluentes na atmosfera. Associado a esse fato, temos animais com dietas e manejo inadequado, o que acaba prejudicando a resposta de defesa do organismo.

 

Os répteis são animais ectotérmicos, ou seja, necessitam de fontes externas de calor para manter sua temperatura corporal. O ideal é utilizar lâmpadas, pedras ou placas aquecedoras no terrário, e cuidar da temperatura ao longo do dia, respeitando a zona de conforto térmico necessária de acordo com a espécie em questão. Lembrando sempre que o calor em excessivo pode causar desidratação, e algumas pedras podem causar queimaduras irreversíveis.

 

Como os répteis não tem capacidade de termorregulação, em caso de frio sofrem uma queda no metabolismo, e em todas as funções fisiológicas, ficam sem se alimentar e movimentar, podendo desenvolver pneumonia, enterite, deficiência no sistema imunológico, problemas no crescimento e desenvolvimento.

 

A exposição direta ao sol é fundamental, pois além de aquecer e fornecer luz, mantém em equilíbrio a produção de vitamina D. Caso não seja possível, devemos fornecer ao animal um sistema de aquecimento no recinto ou terrário.

 

Aves com dieta deficiente podem desenvolver pneumonia e aerossaculite com facilidade, pois seu metabolismo é diferenciado em relação a outras espécies, e no inverno necessita de energia o suficiente para manter a imunidade em perfeitas condições. Vento, mudanças bruscas de temperatura ou umidade podem influenciar na manutenção da temperatura corporal.

 

As gaiolas devem ser penduradas longe do frio e correntes de ar, e para viveiros externos, algum tipo de capa ou proteção é válido. As aves também necessitam do sol para sintetizar a vitamina D, essencial para o metabolismo do cálcio.

 

Os sinais mais comuns de doenças respiratórias são perda de apetite, apatia, penas arrepiadas, secreção nasal ou ocular, penas arrepiadas, dificuldade respiratória e sons anormais durante respiração. Vale a ressaltar a importância de uma dieta equilibrada o ano todo para que as aves não sofram nos períodos críticos.

 

As doenças respiratórias são extremamente comuns em roedores de estimação, sendo a causa mais comum de atendimento desses animais com a chegada do inverno e com ele o frio. Algumas bactérias são habitantes normais das vias respiratórias dos roedores, e em situações de estresse podem se proliferar e causar doença.

 

Também podem apresentar quadro de alergia com sinais como espirros e conjuntivite, proveniente de irritação das vias respiratórias pelos componentes do substrato e alimentos contaminados.

 

O substrato deve ser trocado com frequência, assim como os alimentos não consumidos, afim de evitar contaminação. Outros inalantes também devem ser evitados como cigarro, desinfetantes, sprays e perfumes.

 

Em caso de dúvidas, procure sempre o médico veterinário!