Répteis sentem dor?



Assim como cães, gatos e outros bichos, os répteis também possuem receptores para a dor. Ou seja, podem viver experiências que geram lesões teciduais e levam ao desconforto, necessitando de um tratamento adequado para aliviá-lo.


Porém, em muitos casos, é difícil identificar o processo da dor e a sua dimensão nesses pacientes. Por isso, é necessário que um médico veterinário com experiência em répteis faça uma análise cuidadosa do caso. Isso porque a habilidade dos répteis em sentir dor envolve questões complexas.

 

Por mais que haja dificuldade em confirmar que répteis sentem dor, em virtude de outros fatores sociais, anatômicos e comportamentais, a nocicepção, ou “processo neural de codificação de estímulos nocivos” (IASP, 1994), ocorre nos répteis comprovadamente e os componentes neuroanatômicos responsáveis já foram descritos previamente na literatura.

 

A habilidade dos répteis em sentir dor, o significado da dor ou o papel da nocicepção na homeostasia fisiológica são questões complexas que requerem a união de evidências fisiológicas e comportamentais.

 

O processo nociceptivo da dor, agudo ou crônico, já tem evidência científica em répteis, e como comprovação de tal experiência, os componentes neuroanatômicos, respostas a estímulos dolorosos, mecanismos antinociceptivos endógenos, modulação de nocicepção por fármacos analgésicos e neurotransmissores endógenos são levados em consideração.


Se tratando de bem-estar e da responsabilidade de evitar dor e sofrimento aos animais, é prudente levar em consideração que os répteis podem sentir dor e a mesma precisa ser tratada quando houver indícios da sua ocorrência.